terça-feira, 17 de junho de 2008

Taiji

bebo da vida,
sorvo da morte,
fico em silêncio,
grito, berro, canto.

Fixo o olhar para frente,
volto a cabeça para trás,
sou um paradoxo ambulante,
um duo, em constante evolução.

O que seria da vida sem a morte,
qual o significado de tudo,
qual o momento crucial,
em que nos tornamos algo mais.

Sou eu, ou é você,
ser ou ter,
amar e querer?
Gostar e viver?
Quem quer agora, eu ou você?

Um comentário:

Caroline Tavares disse...

Ambivalência.
Leia Zygmunt Bauman, elucidador.
Bj